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Com coleção forte em mãos, Reinaldo Lourenço desfila no último dia de SPFW

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Reinaldo Lourenço não ficou de fora.
O estilista nascido em Presidente Prudente, interior de São Paulo, participa da São Paulo Fashion Week desde o primeiro evento, em 1996. Hoje, 16 anos depois e em sua 34ª edição, Lourenço mantém-se firme e apresentará suas apostas para o inverno 2013 ao lado de outras 18 marcas.

A SPFW começa nesta segunda-feira, 29, com estreia do novo calendário e em novo cenário: o Parque Villa-Lobos. Porém, como de costume, o estilista deixou para desfilar suas novidades fora do local que abriga a semana de moda e fará do Teatro da FAAP, passarela para sua nova coleção. E tem mais: Reinaldo reservou o último dia do evento, quinta-feira, 1º, para desfilar, e será sozinho.

Em entrevista ao Moda , Lourenço conta que não ia participar dessa edição, mas que com uma coleção forte em mãos, não poderia deixar passar a oportunidade. O estilista também comentou sobre a mudança no calendário da SPFW, opinou sobre a moda brasileira e afirmou que já recebeu propostas para vender sua marca. Confira:

Moda: Reinaldo, o calendário da SPFW e do Fashion Rio mudaram. Isso altera alguma coisa para a sua marca?
Reinaldo: Na minha marca não. A única coisa que tivemos de diferente foram três desfiles em um único ano, sendo duas Coleções de Inverno que, por natureza, são mais complexas, por causa da modelagem e costura, tendo mais alfaiataria e mais tempo de máquina. Mas acredito que daqui um ano não sentiremos mais este impacto.

M: Você é o último a desfilar sua coleção nessa edição da SPFW e ficou sozinho para apresentá-la na quinta-feira às 11h. Por quê?
R: Na verdade, eu não ia fazer esta apresentação, pois estava focado na parte comercial, mas como achei que a Coleção estava muito forte, não consegui deixar de apresentá-la e, como sempre faço na FAAP, achei mais calmo fazer no quarto dia.

M: Seus desfiles sempre são fora da Bienal. Esse ano também será? Se sim, onde será e por que você opta por esse modelo de desfile?
R: Sim, faço meus desfiles na FAAP há oito anos. Já é uma tradição da minha marca. Esta coleção será no Teatro da FAAP.

M: Sobre a moda brasileira. Você tem gostado do que tem visto? Você acredita nela como referência?
R: Acredito que a moda brasileira tem alguns criadores como Gloria Coelho, Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e alguns outros. E temos uma quantidade de marcas que fazem produtos para se vender. A grande diferença entre um criador e estas outras é que estas marcas tem como o DNA só comercializar..

M: Muita gente reclama que a moda brasileira é cara. Você pensa em popularizar mais sua grife?
R: Em relação a moda brasileira ser cara, acho muito relativo. Depende do tipo de produto. Roupas de qualidade, de design, vestidos de festa, acho que temos preços muito bons em relação aos importados. Em alguns casos, os importados são 100% mais caros ou mais que o meu produto, dependendo da grife. Em relação a roupa mais do dia a dia, até mesmo o fast fashion, acho que realmente é mais caro. Por outro lado, entendo o porque. No Brasil, temos os altos preços dos tecidos, a mão de obra cara e os altos impostos.

De qualquer forma, desde que a minha Coleção de Verão 2012/2013 está nas lojas, venho fazendo uma reengenheria na confecção dos produtos, o que fez com que baixassem de 15% a 20% os preços das minhas peças. Sinto que minhas clientes não tem achado a Coleção cara. Comparando com outras marcas, estamos muitas vezes com os preços mais baixos, mesmo com nossa qualidade.

M: Já teve proposta para vendê-la? Por que não o fez?
R: Sim, mas achava que não era o momento. Acho que tudo tem sua hora, mas seria muito interessante se surgisse um grupo muito competente, para poder expandir a minha marca.


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